Como sempre costumo fazer, fiquei um bom tempo afastado daqui mas ainda não desisti do blog não. Na verdade tenho escrito bastante coisa em alguns grupos que participo apenas pelo smart, pois para mim está sendo mais conveniente escrever nele do que no computador. E depois de alguns textos que fiz e que considerei interessantes, resolvi transferi-los para o PC e fazer posts para o blog, como este que segue.
Possivelmente eu vá continuar mantendo essa linha de interação; entre os textos do smart, e o PC.
Esse, eu escrevi de relance no dia dos pais, e embora tenha ficado meio sombrio para a data, eu gostei e achei que devia postar. E para quem lê-lo, eu espero que gostem também e se sintam a vontade se quiserem dar suas opiniões.
Dependência...
Quando não puder mais assuntos, compartilhar,
que eu considere importantes.
Quando minha presença for desnecessária
e minha ausência não for notada.
Quando a minha pergunta não for respondida
e minha fala for cortada.
Quando minha voz estiver perturbando
e meu silêncio lhe der prazer.
Quando lhe prender a respiração o meu cheiro,
e lhe “ascorizar” no sofá
um fio branco do meu cabelo.
Quando o meu manco caminhar
como uma nota desafinada lhe soar.
Quando as marcas das rodas da minha cadeira,
que descrevem no piso encerado da sala,
um pouco da minha dor,
repuxarem o canto da sua boca
ao atraírem o seu olhar.
Quando as minhas poucas roupas sujas,
forem lavadas no tanque, separadas,
forem lavadas no tanque, separadas,
mesmo cabendo também as suas.
Quando os sussurros, já não tão sussurrados,
superarem a barreira da minha surdez
e denunciarem que o motivo da reforma
daquele quartinho dos fundos,
é para um outro morador.
Quando o gasto com meus remédios
pesarem muito em seu orçamento.
Quando meus gemidos forem suprimidos
pelos seus fones de ouvido.
Quando a mesma solidão que antes doía
se tornar a minha melhor companhia.
....., ......, ......, ......, ......., ......, ......, ........, ........,
é porque com certeza, chegou a hora de partir....
A cena da cadeira de rodas, no quartinho sendo desmontado, foi modelada no Blender 3d.
Obrigado pela visita, e até a próxima.
Você fez algumas modificações no texto, não é. Não achei sombrio, acho que aborrece muito, apesar de triste, como se ao envelhecer perdêssemos as características de ser humano. Ou nosso significado para aqueles demos a vida. Eu gosto do texto pq faz refletir. Talvez até nós colocar como o dono da cadeia de rodas.
ResponderExcluirBjbj
Pois é, Bárbara! Ainda não acostumei direito com o tamanho da telinha do celular para redigir textos, e quando transfiro para o PC, percebo um monte de coisas que podem ser melhoradas. De qualquer forma,desse jeito quem viu no grupo, pode ver como ficou finalizado aqui.
ExcluirObrigado pela visita, e pelo comentário.
Abraço grande!!
Olá, Tito! Pois é, extremamente triste porque isso acontece muito. É a realidade de muitos, e como deve ser essa dor!! Dor de abandono, dor de quem se sente entulho. Texto belo, justamente por retratar uma dura realidade. Estava com saudades daqui!
ResponderExcluirGrande abraço, amigo, comovente, muito.
Realmente, Tais!
ExcluirEsse assunto é tão atual, real, e envolto a um monte de hipocrisia, que pensei muito, antes de por um título mais apropriado ao texto, o que na verdade não seria esse, mas preferi deixar as reticências, para que o próprio leitor o completasse.
E mais uma vez agradeço pela sua presença e participação no blog.
Grande abraço!
Pungente realidade...
ResponderExcluirTito, beijos!
Oi, Shirley!
ExcluirPrazer vê-la passando por aqui!
Muito obrigado pela sua presença e participação no blog.
Grande abraço!
Olá Tito! Belo, reflexivo e muito pertinente texto. Descreve a lamentável realidade do momento. Há pessoas que preconceituam o deficiente, como se a dependência fosse prioridade só de alguns, e não, de todos.
ResponderExcluirHoje tem um veim completando época e tem bolo. passa lá! Rsrs.
Abraços,
Furtado.
Oi Tito! Passando para te cumprimentar e dizer que fiquei muito feliz com a tua visita e teu comentário com tão belas palavras, quando da passagem do dia do nosso aniversário, meu e dos meus filhos. Muito obrigado de coração.
ResponderExcluirAbraços,
Furtado.
Oi, Rosemildo!
ExcluirAinda estou meio afastado daqui, e tenho me demorado a responder os comentários. E é sempre um grande prazer e um aprendizado ler as suas poesias lá em seu blog.
Desculpe por estar meio atrasado nos meus posts, e muito obrigado pela sua visita. Grande abraço!
Olá, Tito, esperando aqui mais uma postagem daquelas ótimas...
ResponderExcluirbjus!
Olá, Tais!
ExcluirAté já tenho alguns pequenos posts prontos, mas na verdade estou mesmo é precisando de uma boa dose de motivação para acabar com a “preguiça” e voltar a postar com mais frequência. Rsss. E esse seu gentil comentário veio em boa hora. Logo logo vamos ter alguns textos legais aqui.
Obrigado e grande abraço!