Na antiga Rússia, uma plantação de algodão nas margens do mar Aral, o fez recuar vários kms de distancia, comprometendo seriamente sua existência, se nada for feito para reverter o processo. Leia mais aqui .
Bem pessoal, só para esclarecer, eu não sou biólogo nem geólogo mas gosto de assistir todos os tipos de documentários sempre que posso, e juntando alguns dados é fácil chegar a certas conclusões em relação a alteração do clima, em algumas regiões brasileiras. E como não estou escrevendo nenhum artigo cientifico, vou me atentar apenas em manter meu raciocínio e deixar a cargo de quem quiser se aprofundar mais sobre o assunto a procurar fontes que sejam mais pertinentes a respeito.
Para fazermos a “engenharia reversa” da chuva, tudo que precisamos entender, é como funciona o ciclo da água em certas regiões. Primeiramente fazendo um estudo da procedência dos vapores que formam as nuvens, e seguindo suas rotas descobrir aonde as chuvas dessas nuvens irão cair.
E para explicar melhor como funciona o ciclo da água, é preciso entender que esse ciclo nada mais é do que um rodízio dela própria ao mudar constantemente de estado (sólido, líquido e gasoso). Em seguida, entender o que provoca essas mudanças analisando como se formam os vapores, os quais tanto podem ser produzidos pela mudança de temperatura, como pela transpiração dos seres vivos, mais especificamente pela floresta.
Falando assim tudo parece fácil, mas sabemos que os ventos que empurram as nuvens, nem sempre seguem a mesma direção. E sabemos também que esse tipo de pesquisa exige algum investimento, e quando se fala em investimentos a médio ou longo prazo a coisa não costuma andar. Ainda assim acho que é possível, pois estamos falando de água, ou para ser mais claro, a falta dela.
Atualmente está faltando chuva em algumas cidades brasileiras, excepcionalmente do estado de São Paulo, e como esse é um fenômeno raro, ou para ser mais realista ou mesmo pessimista, um fenômeno novo, tendo em vista que isso pode se repetir e até mesmo piorar. No entanto eu não vejo nenhuma autoridade se perguntar sobre a origem do problema, pois é bem mais fácil simplesmente culpar a mudança do clima, o que é lógico, mas por que ninguém se pergunta porque que o clima mudou?! Bem, eu olhando imparcialmente aqui de cima (norte do Brasil) e por ter vivênciado algumas mudanças relevantes aqui também, embora não tão drástica, e mesmo dentro da minha ignorância do assunto, consigo perceber várias possíveis causas do problema, das quais vou citar algumas para que se alguém tiver algum interesse, possa se aprofundar no assunto e quem sabe até fazer uma tese, que são: a exportação de suco de laranja e outras frutas com grande concentração de líquido, a produção e exportação de carne nas regiões circunvizinhas (às com problema de falta de chuva) também pode ser uma fator importante, visto que a vegetação nativa é substituída por capim, e que a carne também tem grande concentração de liquido. Esses são dois fatores que devam ser pensados, mas que com certeza jamais serão cogitados por razões econômicas.
Outro fator importante são as represas de hidrelétricas que mudam drasticamente a rota das chuvas, e que também não serão cogitadas, e um terceiro, e o que eu considero mais importante, é a transposição do rio São Francisco, esse, tomara que eu esteja errado, mas acho que vai ser a maior catástrofe ambiental de todos os projetos já feitos no Brasil. E se você raciocinar comigo, é só imaginar uma grande plantação de frutos como; melancia, melão, laranja, abacaxi, tomates, pepinos e etc. e também cana de açúcar, em toda a margem do canal que transpõe o rio, em seguida imaginar essa produção sendo exportada para várias partes do mundo, aonde você acha que vai parar o “xixi” produzido pela ingestão desse líquido todo? - só que não para por aqui, durante todo o período de cultivo dessas plantações até a sua produção, “fora” utilizada grande quantidade de água na irrigação, e que mesmo esta água não tendo sido totalmente absorvida pelos produtos oriundos dela, ela evaporou pela transpiração da vegetação e foi levada pelo vento à locais impossíveis de se prevê onde ficam, e se esses locais vão propiciar um rodízio sustentável dessa água... quem pode saber?
Para concluir, é preciso entendermos que quando exportamos suco de frutas e também as próprias frutas, estamos exportando água para diversos locais do planeta, onde suas longa distancias e posições geográfica, torna impossível um rodízio sustentável dessa água, com consequências graves a longo prazo. E o que é pior, é que esse longo prazo pode já está sendo agora.
Mas é claro que nossos dirigentes estão rodeados de especialistas em tudo, e se um dia se instalar o caos nas mega cidades brasileiras pela falta d’agua, a solução será com certeza a de canalizar o rio amazonas para lá, e manter o ciclo vicioso.
Espero está totalmente errado, mas fica aqui a minha opinião (opinião de leigo), para quem quiser refletir sobre o assunto e também quiser acrescentar algo esclarecedor a respeito, ou apenas comentar mesmo.
A imagem do post é uma modelagem 3d, e foi feita por mim no Blender.
Por enquanto é só e muito grato pela visita.
Oi Tito! Passando para agradecer a tua visita e amável comentário. Fiquei muito feliz por teres gostado da baboseira que escrevi. Espero que voltes mais vezes, pois será sempre um prazer renovado.
ResponderExcluirRealmente, todas essas mudanças que temos presenciado são nada mais, nada menos, que os reclamos da Natureza pelas agressões que lhe são impostas pelo homem, motivado pela ânsia da riqueza e do poder.
Quem sabe, talvez estejas certo quanto a hipótese do rio Amazonas ser desviado para o sul do país. Rsrs. Aqui nada é impossível, tudo é válido e o resto que se dane.
Belo, profundo, verdadeiro e bem coordenado texto amigo.
Abraços,
Furtado.
Olá, Rosemildo!
ResponderExcluirSei que está sendo modesto, pois seus textos são muito bonitos.
Quanto a minha hipótese absurda, com certeza estarei errado, as novas gerações impediriam isso. Rss.
Valeu pela visita e voltarei sim em seu blog.
Abraço.
Olá,
ResponderExcluirPassei para lhe desejar: Bom tudo.
Abraços
Obrigado, José Maria.
ResponderExcluirVolte sempre.
Artigo interessante, conciso , impecável... O problema da falta de água é grave e urgente, mas, "os maiorais" nada farão, mesmo que algo possa ser feito, se não gerar lucros para o próprio bolso.
ResponderExcluirAbraços, Tito!
Valeu, Shirley!
ResponderExcluirMuito obrigado por sua presença e pelo comentário.
Olá, Tito, adoro documentários e esse seu assunto é muito interessante. Todos nós recebemos aquelas mensagens mostrando que, daqui a muitos anos faltará água no planeta, e que a coisa vai ficar muito difícil etc e tal. Basta ver o que está acontecendo na Africa. Vi, também, um outro documentário sobre a Índia e seu conhecido rio (canal Curta). Mas isso tudo é quanto à poluição. O que você pensa disso? Também vi o documentário sobre o São Francisco, impressionante.
ResponderExcluirGrande abraço, amigo!
Olá, Tais!
ExcluirNa verdade a falta de água a que se falam por conta da poluição, se refere a água doce (doce e pura para consumo). Isso porque a água, mesmo em forma de vapor, estará sempre presa a gravidade da terra.
O problema, é que exportações excessivas e contínuas de produtos super hidratados, não permite que a natureza se recomponha in loco.
O que vejo hoje nos noticiários, aqui mesmo no Brasil, é escassez de chuva aonde nunca visto e excesso também aonde nunca visto. É como se o clima estivesse mudando de lugar.
Em relação a transposição do rio São Francisco, eu acho que se apenas o excedente de água nos períodos certos, fosse desviado, não comprometeria o eco sistema, do contrário, acho que vai gerar em curto prazo uma dependência além do consumo doméstico dessa água, nessas regiões com consequências imprevisíveis.
Abraço.
ResponderExcluirToda nascente, despeja, as águas do rio, na direção do Mar.
Olá, José Maria! Concordo com você. Essas nascentes fazem parte do ciclo da água, e são supridas permanentemente pelas chuvas, e desde que não sofram "intervenções" externas, voltam sempre ao mesmos lugares. Obrigado pelo comentário.
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