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segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

Moça na rua

Moça na rua
"A imagem foi composta basicamente por cubos com utilização de divisões e extrusões em suas faces, a cabeça, o chapéu, o vestido da moça e os fios da rede elétrica, foram feitos com uso de extrusões e escalonamento em arestas de círculos. Os prédios que ilustram a figuram foram usados como exercício prático de ponto de fuga".

Já se passaram alguns anos desde que isso aconteceu, mas ainda me lembro bem de um pequeno texto que escrevi baseado em um sonho que tive. Nesse tempo eu trabalhava em outras cidades, e sempre, após o almoço, gosto de fazer a siesta deitado em algum lugar, e desses lugares, o chão, com a proteção de um papelão, considero um dos lugares mais práticos, além de agradável.

Nessa época eu gostava de desenhar a mão, fazia caricaturas dos colegas e as expunhas na parede sempre acompanhadas de frases, que as vezes expressava um pouco o perfil de quem estava no desenho, ou poderia ser meramente ilustrativa como complemento, e esse texto foi escrito exatamente para ser posto no próximo desenho que eu fizesse, e assim o fiz.

Desenho na parede, novidade nenhuma para os moradores da casa, todos sabiam quem os fazia, além do que eu os assinava com uma baita de uma rubrica, mas um dia um dos colegas me elogiou sem perceber ao me perguntar; - [...] "mas o texto, tu pegou de livro"? - É claro que todos gostam de receber elogios, mas desse jeito, é maravilhoso, e o mais interessante é que se tratava, se trata ainda, de algo tão simples que nem chega a ser um texto e sim uma pergunta.

No sonho, uma moça conhecida e amiga muito querida, caminhava em uma rua na mesma direção que eu, e por estar andando mais depressa, ela passou por mim, e não me cumprimentou, fiquei surpreso com o fato mas percebi que ela realmente não me viu. Mais adiante, em um olhar de relance para trás ela me acenou com aquele seu sorriso gargalhante; - Oi Tito!!! - Acordei de repente meio tenso, fazia muito calor e também de relance, peguei o lápis e rapidamente escrevi:

"Como é possível, agora que você vai tão longe, e em um simples flash do seu olhar me perceber, se você passou tão perto de mim que a barra de sua saia roçou em minha perna e até a brisa que lançou-me fez-me sentir o seu perfume, e que o que senti por você foi tão forte a ponto de haver uma forte captação da telepatia que o amor emite, e não me notou?"

Essa postagem é dedicada a essas duas pessoas, que sem perceberem, estão ajudando a preencher o imenso quebra cabeça à pergunta que insisto em fazer...

Grato a todos que lerem e espero que gostem. Tito Pontes.

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