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quinta-feira, 12 de novembro de 2015

"Origem do coco".

Olá, pessoas!

"Origem do coco da praia".

No início, quando a terra já estava quase pronta, Deus reuniu seus anjos e deu a cada um deles uma quantidade de materiais para que eles fizessem vários tipos de frutos, e que estes frutos fossem comidos pelos animais, e suas sementes fossem espalhadas, semeadas e viessem a crescer e se reproduzir por toda a terra. E obviamente que existia uma quantidade pré estabelecida de frutas a serem feitas, de acordo suas espécies, assim como uma quantidade de materiais fornecidos, e também o tempo de entrega, desses frutos, que deveria ser cumprido.

E como é de se esperar em qualquer canteiro de obras, dentre todos os anjos, tinha um que se destacava sobre os outros, pelas suas "qualidades" um pouco diferenciadas dos demais. Ele era muito inteligente, mas era também meio desastrado, e as vezes passava os "pés pelas mãos" e fazia algumas "besteiras". E por conta disso, estava meio "queimado" com o Homem lá em cima. E como essa grande obra já estava quase no final, ele tentava se redimir, para que não tivesse mais problemas no futuro.
E após todos receberem suas tarefas, e também seus materiais, o nosso anjo resolveu inovar, e criar algo bem maior do que o que lhe fora designado a fazer, e do que seria um pequeno fruto com polpa comestível externa e tudo mais, ele resolveu fazer um bem maior, com polpa interna. E o que era para ser o caroço, ele converteu em suporte da polpa. E o fez, com o formato de duas cuias, que ao serem  fechadas de borco uma sobre a outra, dava ao fruto a aparência, e consequentemente a denominação de coco.
Coco cortado ao meio
E assim que as cuias ficaram prontas, ele percebeu que a massa de recheio só era suficiente para encher a metade dos cocos exigidos, pois ele tinha confundido a quantidade de cuias com o total de cocos. E meio sem graça, vendo que tinha feito “outra” bobagem, “correu” para fazer as outras metades das cuias que faltavam...E para compensar a diferença do peso que não batia com o tamanho dos seus cocos, devido o recheio só preencher a metade deles, resolveu completar a diferença com água. Encheu tudinho "até a tampa" para que não chacoalhasse dentro, e rodeou a cuia com uma grossa casca térmica e impermeável, afim de que a água não transpirasse de dentro para fora, pois achava que assim ia passar despercebido, pelo menos enquanto ele inventasse uma boa desculpa.

Tarefa cumprida, e chega o dia da prestação de conta dos produtos (frutos) criados. E numa enorme fila, todos exibiam com prazer seus coloridos, cheirosos e suculentos frutos; do tipo morangos, ameixas, amoras, uvas verdes, uvas roxas, pitangas, cerejas, saputis, cajus vermelhos, cajus amarelos, e etc...  E eis que chegou a sua vez: E meio nervoso com seus enormes cocos, e que de tão grandes que eram, já causou logo suspeita por parte do inspetor, foi logo selecionado para passar pelo controle de qualidade para ver se estava tudo certo. E já na sala do controle de qualidade, diante de uma equipe de inspeção, três avaliadores que já o conheciam de casos anteriores, lhe perguntaram como seria feito o ciclo reprodutivo do seu coco, já que nenhum animal ia querer comer aquela polpa fibrosa, sem cheiro, sem gosto, e muito menos ia poder engoli-lo inteiro...? E sem titubear, disse que aquilo em volta era a casca, e que a polpa de comer estava dentro... E pegando uma espada, um dos anjos avaliadores descascou com certa dificuldade um daqueles cocos borrachudos e ressecados, e fez um pequeno corte na cuia, o que lhe causou um forte espirro de agua no rosto. E com o rosto salpicado de água o avaliador esboçando um leve sorriso, lambeu o lábio, e concluiu a quebra do coco, e a água se espalhou sobre a bancada, causando alguns olhares repreensivos em sua direção. E vendo que o avaliador pareceu gostar da água do seu coco, explicou que apesar da polpa comestível do seu produto ser também a própria semente, ele resolveu que o coco nasceria naturalmente em praias a beira mar, e que o mesmo seria transportado boiando, auxiliado e protegido pela sua casca térmica e flutuante, através das correntes marinhas. E como a água do mar é salgada e não serve para beber, ele resolveu, além da polpa, colocar também água doce dentro dos cocos, pois assim o seu fruto poderia saciar ao mesmo tempo a fome e a sede de possíveis viajantes "perdidos" no mar...

No final todos gostaram e o coco foi aprovado... e é por isso que em determinada fase de amadurecimento do coco, a sua polpa só é suficiente para encher apenas uma de suas metades, e é por isso também que o coco passou a ser chamado de coco da praia.

“Este é um texto de humor e ficção, de minha autoria, portanto qualquer semelhança com o processo evolucionista de Charles Darwin terá sido mera coincidência” rss.

A imagem do coco partido ao meio, foi modelada no Blender, e editada no Gimp.

Fico muito agradecido pela sua visita, e sinta-se a vontade para dar sua opinião.
Até a próxima.

4 comentários:

  1. Olá, Tito, realmente a história foi muito criativa!! Fiquei comparando os outros frutos com esse cocão de casca grossa, mais imensamente gostoso, tanto a fruta em si como a água que é uma delícia. O legítimo dois em um, ou seja, pague um, leve dois!
    Belo também seu desenho!
    bjus, amigo.

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    1. Pois é, Tais!
      O coco parece ser o único fruto que pode ser consumido naturalmente, tanto verde, quanto maduro, e nas duas versões apresentar seus deliciosos sabores. E também que pouquíssimos animais, além de nós, são capazes quebrá-los e de comê-lo.
      E mais uma vez, agradeço a sua participação.
      Grande abraço!!!

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  2. Olá, Tito, vim desejar Boas Festas a você e sua família. Um ano lindo, com saúde e alegria e muita criatividade.
    Bjus e paz.

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    1. Muito obrigado, Tais!
      Desejo o mesmo pra você.
      Felicidades, e grande abraço!

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